A Casa do Sucesso – A construção de um ambiente favorável ao crescimento pessoal


Isenção de responsabilidade:

Caro(a) leitor(a)…

Antes que você inicie sua jornada a partir desse valioso conteúdo, precisamos esclarecer algumas coisas sobre ele. Por favor, leia atentamente os parágrafos a seguir: 

As informações e sugestões apresentadas aqui têm o propósito de motivar e inspirar indivíduos a desbloquear seu potencial no trabalho e nas finanças – e, consequentemente, aprimorar seu desempenho -, melhorar seus relacionamentos, cuidar de sua saúde e reparar danos de experiências passadas, superando os desafios pessoais. 

No entanto, é importante lembrar que cada situação é única e pode exigir abordagens diferentes. Recomendamos fortemente que você busque aconselhamento profissional específico de consultores financeiros, terapeutas, médicos ou outros especialistas para tratar de questões particulares. 

As decisões tomadas com base neste conteúdo são de comprometimento exclusivo do leitor, e não nos responsabilizamos por quaisquer resultados adversos decorrentes da aplicação das informações apresentadas. 

Use este material como um ponto de partida para reflexão e ação, sempre considerando sua realidade. 

Depois de esclarecidos os pontos acima, tenha uma ótima leitura! Desejo que cada informação deste e-book te ajude a alcançar seus objetivos. 

PREFÁCIO

Querido(a) leitor(a)…

Pronto(a) para tomar a decisão mais importante da sua vida? A partir do momento que iniciar a leitura deste e-book, você nunca mais enxergará a sua vida da mesma maneira. 

Primeiramente, seja muito bem-vindo(a) a essa nova jornada! De agora em diante, juntos, construiremos uma casa. Isso mesmo, uma casa. Calma, você já vai entender como. 

Ter um local que nos proporciona a sensação de acolhimento, conforto e aconchego é uma das nossas necessidades mais primordiais – é isso que, em teoria, nossa casa deve representar para nós. Da mesma forma que um lar é construído e organizado com o objetivo de nos acolher eficientemente, devemos nos edificar de maneira a tornar nosso interior um ambiente propício ao desenvolvimento e ao sucesso. 

Mas como fazer isso? Ao longo deste livro, te darei o passo a passo para alcançar os seus objetivos de forma saudável e eficaz, de modo a transformar a sua vida na verdadeira casa do sucesso. 

Porém, caso esteja esperando uma fórmula mágica, já adianto, aqui você não a encontrará. Trilhar um caminho de prosperidade, abundância e repleto de bons resultados é – assim como construir uma casa – um processo, o qual demanda, em todas as suas muitas etapas, comprometimento e responsabilidade enormes. 

Vamos lá, para construir uma casa é preciso: encontrar e preparar um terreno da maneira adequada, buscar todas as licenças necessárias para usá-lo, montar base e sustentação extremamente resistentes, para depois, erguê-la de fato. De modo semelhante, para que o sucesso seja alcançado, é preciso preparar o que há ao seu redor para abrigá-lo, e isso, certamente, requererá difíceis tomadas de decisão, conflitos, ou, até mesmo, o rompimento de relações. 

Mas, lembre-se: o que deve te manter firme na sua caminhada é a certeza de que tudo que encarará pela frente é para a construção de uma linda casa – o lar dos seus sonhos, no qual moram a felicidade e grandes conquistas – e da sua melhor versão, mesmo que alguns discordem. 

Cada detalhe desse livro foi preparado com muito carinho e espero, de coração, que consiga extrair princípios que realmente façam a virada da sua vida. 

Aproveite cada momento dessa obra e uma ótima leitura! 

Com carinho, 

Giovana Pereira 

SUMÁRIO

7 – Capítulo 1: Resgatando sua vida – o preparo do terreno para a sua casa

7 – 1.1 Livrando-se de medos e bloqueios

10- 1.2 Acabando com a dependência emocional

12 – 1.3 Libertando-se dos padrões de controle 

14 – Capítulo 2: Construa uma vida sem limitações e firme a sustentação

14 – 2.1 Vivendo sem medo, culpa e timidez

17 – 2.2 Superando angústias e traumas

19- 2.3 Vencendo a procrastinação

21 – Capítulo 3: Abandonando padrões medianos – hora de erguer sua casa

21 – 3.1 Criando um fluxo de saúde e bem-estar

24 – 3.2 Alcançando riqueza e prosperidade

27 – 3.3 Cultivando bons relacionamentos

30 – Capítulo 4: Transformando sua vida para sempre – autocompaixão e mentalidade de sucesso

30 – 4.1 Como colocar a autocompaixão em prática efetivamente

34 – 4.2 Desenvolvendo a autoestima

39 – 4.3 Criando uma mentalidade de sucesso

43 – Coloque seus aprendizados em prática

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Resgatando sua vida – o preparo do terreno para a sua casa

1.1 Livrando-se de medos e bloqueios

A superação de medos e bloqueios é essencial para resgatar sua vida e alcançar seus objetivos. Em diversas vezes, esses obstáculos internos podem nos impedir de avançar e realizar nosso máximo potencial. Logo, identificar e lidar com esses medos e bloqueios é o primeiro passo para uma transformação positiva.

Para se livrar dessas barreiras, é fundamental reconhecer suas origens. Para isso, é preciso ter consciência acerca de experiências passadas e crenças limitantes que podem vir a alimentar esses medos, pois podem gerar o que chamamos de dependência emocional, sobre a qual explicarei mais adiante. 

Entenda como crenças limitantes os pensamentos que te impedem de avançar. Normalmente, eles são difíceis de serem identificados, já que muitas vezes são desenvolvidos despercebidamente, além de possuírem a capacidade de se manifestarem em afirmações mentais simples, como “não posso”, “não consigo”, “não mereço tudo isso”, “não sou digno”, “eu não me encaixo”, “não sirvo para nada”, “ninguém me entende”, entre muitas outras. 

Na maioria das vezes, ideais como esses se originam ainda na infância, pois se trata da fase em que nossas primeiras e principais concepções de mundo e convicções acerca de nós mesmo são formadas. 

Por isso, a chave para reconhecer quais são seus pensamentos limitantes é o autoconhecimento e a melhor maneira de conquistá-lo é através da ajuda de pessoas capacitadas, como profissionais de psicologia, coachs certificados, líderes de grupos de apoio, entre outros. A troca de experiências com aqueles que buscam atingir o sucesso e o crescimento pessoal também pode ser bastante proveitosa. 

Portanto, procure se conectar consigo mesmo para reconhecer seus medos e bloqueios, buscando sempre o maior nível de autoconhecimento possível. Ao compreender a raiz do problema, você pode começar a desafiá-lo e substituir pensamentos negativos por positivos.

Ao longo da sua jornada de rompimento com suas limitações, você perceberá que suas crenças limitantes precisarão ser desafiadas ativamente. Para isso, a validade desses pensamentos deverá ser questionada (e já adianto: na maioria das vezes, nossas crenças limitantes são baseadas apenas em percepções distorcidas e sem muita conexão com a realidade!). Muito provavelmente notará, ainda, muitas evidências de seu potencial e capacidade, que vem de suas experiências reais de sucesso. Aos poucos, o poder dessas ideias restringentes sobre você se enfraquecerá. 

Além disso, buscar apoio emocional é crucial nesse processo. Conversar com um terapeuta, coach ou mentor, além de fazer com que você se conheça melhor, pode fornecer insights valiosos e estratégias para superar seus medos e bloqueios. 

Compartilhar suas preocupações com alguém de confiança também pode trazer clareza e encorajamento durante esse caminho de autodescoberta, pois o apoio de pessoas positivas e inspiradoras também desempenha um papel crucial na desconstrução de crenças limitantes. Ao nos cercarmos de indivíduos que nos incentivam, desafiam e apoiam incondicionalmente, criamos um ambiente propício para o crescimento pessoal e a superação de barreiras autoimpostas.

Praticar a autoaceitação e o autocuidado também são aspectos importantes ao lidar com medos e bloqueios. Cultivar uma mentalidade compassiva consigo mesmo, através da percepção de que todos somos imperfeitos e do foco nas conquistas obtidas anteriormente e ao longo de toda a sua jornada de crescimento, pode ajudar a reduzir a autocrítica prejudicial. Além disso, dedicar tempo para atividades que promovam seu bem-estar físico e emocional contribui significativamente para fortalecer sua resiliência diante dos desafios e frisar suas capacidades. 

Ao enfrentar seus medos, você estará no caminho certo para liberar seu potencial completo e resgatar sua vida das amarras que o prendem. A jornada rumo à liberdade interior exige coragem, persistência e autocompaixão (a qual nos ajuda a aceitar nossas falhas sem julgamento e a aprender com nossos erros), mas os frutos colhidos ao superar esses obstáculos serão recompensadores em termos de crescimento pessoal e realização. Romper com esses padrões de limitações nos liberta para abraçar todo o potencial que reside em nós, o que faz com que passemos a nos permitir viver uma vida plena, autêntica e realizada. 

1.2 Acabando com a dependência emocional

A dependência emocional pode ser um obstáculo significativo para resgatar sua vida e alcançar a felicidade plena. Muitas vezes, essa dependência está enraizada em padrões de relacionamento disfuncionais, baixa autoestima e falta de autonomia emocional. Identificar e superar essa dependência é essencial para promover uma transformação positiva em sua vida.

Para acabar com a dependência emocional, é crucial reconhecer os sinais desse padrão de comportamento. Isso pode incluir sentir-se incompleto sem a presença de outra pessoa, além da busca constante pela validação externa a fim de se sentir bem consigo mesmo. 

A dependência emocional não é somente uma condição individual: ela também pode estar presente em relações, às vezes, de modo silencioso. Vale relembrar que esse problema pode ser identificado quando, em um relacionamento de qualquer tipo, o estado e as ações do outro interferem diretamente no seu bem-estar e no seu modo de agir, além de não haver o correto estabelecimento de limites, que possui como consequência a criação de repetidos cenários nos quais você precisa parar toda a sua vida para cuidar do outro. 

Então, por que a dependência emocional pode ser tão perigosa para o seu desenvolvimento pessoal? Porque ela gera danos delicados de serem reparados. Porém, ao alcançar sua liberdade nesse âmbito, seus medos, inseguranças, indisposições, culpas e sua procrastinação darão espaço ao foco em seus objetivos e à autoconfiança.

Desenvolver um senso de valor próprio independente da opinião dos outros é essencial e pode ser o primeiro passo para reparar os danos gerados pela dependência emocional. Praticar o autocuidado, cultivar a gratidão, olhar mais para as suas conquistas, estabelecer metas pessoais e investir em atividades que promovam seu bem-estar também são passos importantes nesse processo.

Buscar apoio profissional também pode ser benéfico ao lidar com a dependência emocional. Terapia individual ou em grupo, coaching ou aconselhamento podem fornecer ferramentas e estratégias para fortalecer sua autonomia emocional e construir relacionamentos mais saudáveis e equilibrados.

Ao encarar esse problema, você estará no caminho certo para resgatar sua vida das amarras do apego excessivo e da busca constante por aprovação externa. A jornada rumo à independência emocional exige autoconhecimento, e muita coragem para se libertar dos padrões controladores prejudiciais que limitam seu crescimento pessoal e felicidade duradoura.

1.3 Libertando-se dos padrões controladores

O que são padrões controladores? Eles correspondem ao conjunto das atitudes e comportamentos mais comuns de pessoas com uma tendência controladora. Em resumo, representam as ferramentas usadas por determinadas pessoas para impedir o seu avanço. 

Para que você entenda melhor, vou te dar um exemplo: imagine que você planeja uma viagem há meses. Tudo já está pago, e você até começa a arrumar suas malas para partir. Porém, na véspera de seu embarque, uma pessoa mais velha da sua família (que seja próxima a você) e limitada a se deslocar sozinha pela cidade, marca uma consulta médica, para tratar um problema de saúde que a atrapalha há anos. O que você faria nessa situação? Cancelaria sua viagem para cuidar dela? Se a sua resposta foi sim, essa pessoa exerceria um padrão controlador sobre sua vida: o de utilizar suas vulnerabilidades como meio de te barrar – o padrão da vítima. 

Outro exemplo: você é um publicitário graduado, com um considerável histórico de campanhas bem-sucedidas e foi contratado por uma grande empresa para montar um comercial destinado à televisão. Antes de enviar seu projeto à aprovação de seus superiores, você decide mostrá-lo ao seu pai/mãe. Mesmo ciente de sua dedicação com esse trabalho, tudo o que ele/ela faz é dizer: “Legal, mas você poderia mudar isso, isso, isso, e aquilo também, não é? Sua campanha não será bem-sucedida.”. Essas críticas te corroem por dentro. Assim, nesse exemplo, seu pai/mãe exerce outro tipo de padrão controlador: o do narcisismo. 

Com isso, é mais fácil enxergar como indivíduos desse tipo em sua vida o atingem, e elaborar estratégias baseadas na razão para quebrar esses padrões de controle. 

Os padrões controladores podem ser um fator limitante na busca pela liberdade e felicidade. Muitas vezes, esses padrões estão enraizados em experiências passadas, traumas não resolvidos e crenças limitantes que afetam negativamente a maneira como vivemos. 

Porém, é importante lembrar que, para o seu desenvolvimento pessoal, é fundamental reconhecer as relações nas quais você também exerce um padrão controlador, já que um dos mais importantes princípios que aqueles que buscam desenvolvimento pessoal devem carregar é o de buscar ser uma“pessoa-atalho”: aquela que, sem maiores intervenções e gerar dependência emocional, encurta o caminho do outro para o sucesso. 

Para se libertar desses padrões controladores (tanto em relação aos dos outros quantos aos exercidos por você), é essencial identificar as origens desses comportamentos. Isso pode envolver uma profunda reflexão sobre eventos do passado, conversas difíceis com pessoas significativas em sua vida e até mesmo buscar ajuda profissional para entender melhor suas motivações e gatilhos.

Além disso, é fundamental estabelecer limites saudáveis e assertivos. Aprender a dizer “não” quando necessário, expressar suas necessidades de forma clara e firme, e se afastar de relacionamentos ou situações tóxicas são passos cruciais para romper com os padrões controladores que oprimem sua liberdade pessoal.

A toxicidade em relações (relacionadas a qualquer tipo de vínculo) pode ser observada quando os padrões controladores representam uma presença constante, quando ocasiões em que as intenções do outro são colocadas acima de qualquer coisa (manipulação), ou em recorrentes ocasiões nas quais críticas não construtivas prevalecem, limites não são respeitados… mentiras e violência verbal e física também podem ser indícios de que um relacionamento é tóxico! Nesses casos, essa relação precisa de reparos (ou de um rompimento) urgentes, pois, quanto mais demoramos para nos libertarmos desses vínculos, por mais tempo nossas vidas permanecem estagnadas nas mais diversas áreas!

Buscar práticas de autocuidado e autoconhecimento também pode ser benéfico nesse processo de libertação. Meditação, terapia, atividades criativas ou simplesmente reservar um tempo para si mesmo podem ajudar a fortalecer sua conexão consigo mesmo e a desenvolver uma maior consciência sobre seus pensamentos, emoções, relacionamentos e atitudes em relação ao próximo, como reforçamos na primeira seção deste livro. 

Então, ao combater os padrões controladores e tóxicos, você dará um passo importante em direção à autonomia emocional e ao resgate da sua vida das amarras da pressão externa. 

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Construa uma vida sem limitações e firme a sustentação

2.1 Vivendo sem medo, culpa e timidez

A culpa e a timidez são obstáculos comuns para a obtenção de uma vida plena e sem limitações. Logo, superá-los é de extrema importância. Enquanto a culpa muitas vezes nos prende ao passado, impedindo-nos de seguir em frente e aprender com nossos erros, a timidez nos impede de nos conectar com os outros e explorar novas experiências. 

Para viver sem esses fardos emocionais, é importante reconhecer suas origens e trabalhar ativamente para superá-los. A culpa pode ser transformada em aprendizado e perdão, permitindo-nos liberar o peso do passado e seguir em frente com mais leveza. A timidez pode ser superada gradualmente, praticando autoconfiança, introjetando pensamentos opostos às suas crenças limitantes acerca de você mesmo e se expondo a situações sociais que te tiram da zona de conforto. Caso a timidez represente um grande problema para você, busque treinar, aos poucos, falar em frente a uma quantidade maior de pessoas. Comece com a sua família, depois, com os amigos: expanda seus públicos gradativamente. 

É muito importante firmar suas convicções no seu potencial para se libertar das travas da timidez: todos nós somos dignos de amor e reconhecimento e merecemos estabelecer novos vínculos. Ampliar o seu círculo social é essencial, pois pode representar diversas novas oportunidades!  

Praticar a autocompaixão também é uma maneira eficaz de lidar com esses sentimentos negativos. Ao se tratar com gentileza e compreensão, podemos cultivar uma mentalidade mais positiva em relação a nós mesmos e aos outros. Além disso, buscar apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental também pode ser fundamental para superar esses obstáculos emocionais.

Abandonar a culpa e a timidez é um processo contínuo que também requer autodisciplina e coragem, além de fazer com que lidemos constantemente com a vulnerabilidade. No entanto, os benefícios de viver uma vida livre dessas restrições emocionais são inestimáveis – permitindo-nos verdadeiramente prosperar em todos os ramos de nossa existência.

2.2 Superando angústias e traumas

Superar angústias e traumas é um processo fundamental para construir uma vida plena e sem limitações. Primeiramente, vale relembrar a diferença entre medos e traumas: os medos estão relacionados, muitas vezes, ao que ainda vamos experimentar, enquanto os traumas representam como experiências passadas dolorosas podem nos impedir de avançar e alcançar nosso potencial máximo. Enfrentar esses sentimentos negativos também é um processo que requer coragem, autocompaixão e um compromisso ativo com o autocuidado emocional.

Para superar angústias, majoritariamente associadas a traumas, é essencial reconhecer a origem desses sentimentos e buscar ajuda profissional, se necessário. A terapia pode ser uma ferramenta poderosa para explorar esses aspectos, processá-los de maneira saudável e aprender a lidar com as demais emoções vinculadas a eles. Além disso, práticas como meditação, mindfulness e exercícios de respiração – que também te ajudam a te proporcionar momentos seus com você mesmo – podem ajudar a acalmar a mente e reduzir a ansiedade relacionada a esses sentimentos. 

Ainda a respeito dos traumas, é importante lembrar que cada pessoa lida com experiências dolorosas de maneira única. Buscar apoio de amigos ou familiares compreensivos pode ser reconfortante, mas também é crucial respeitar os próprios limites emocionais durante o processo de cura. Permitir-se sentir as emoções associadas ao choque, sem julgamento ou pressa para superá-las, é parte integrante do caminho rumo à recuperação.

Ao lutar com suas angústias e traumas, estamos nos dando a oportunidade de crescer emocionalmente e fortalecer nossa resiliência interior. É um processo gradual que exige paciência consigo mesmo e um compromisso contínuo com o autocuidado mental. Ao superarmos essas barreiras emocionais, abrimos espaço para viver uma vida mais autêntica, plena de significado e livre das amarras do passado.

2.3 Vencendo a procrastinação

Você já entendeu que a procrastinação (que nada mais é do que adiar tarefas importantes realizando tarefas que proporcionam prazer imediato) é um dos principais danos causados pela dependência emocional, além de que ela pode representar um obstáculo comum que pode impedir o progresso e a realização de metas. 

Muitas vezes, adiamos tarefas importantes por medo do fracasso, falta de motivação ou simplesmente por hábito. No entanto, superar a procrastinação é essencial para construir uma vida sem limitações e alcançar o sucesso desejado.

Uma estratégia eficaz para vencer a procrastinação é identificar as causas subjacentes desse comportamento. Pode ser útil refletir sobre quais são os gatilhos que levam à procrastinação (como ter o seu aparelho celular próximo a você, por exemplo) e buscar maneiras de neutralizá-los, através, por exemplo, da criação de um ambiente de trabalho mais produtivo (que envolve, entre outras coisas, manter distância das suas principais distrações – inclusive de pessoas que te interrompem a todo momento, se for o caso), do estabelecimento de metas claras e realistas, ou até mesmo da prática da autodisciplina.

Além disso, é importante cultivar hábitos saudáveis que promovam a produtividade e o foco. Isso inclui estabelecer rotinas diárias consistentes, priorizar as tarefas mais importantes e aprender a gerenciar o tempo de forma eficaz. A organização pessoal e a definição de prioridades podem ajudar a evitar a armadilha da procrastinação.

Outra estratégia útil para vencer a procrastinação é dividir as tarefas em etapas menores e mais gerenciáveis. Ao transformar grandes projetos em pequenas atividades, tornamos mais fácil começar e manter o ímpeto ao longo do processo. Celebrar cada pequena conquista ao longo do caminho também pode ser motivador e ajudar a manter o foco nas metas finais, além de fortalecer a autoconfiança, pois essa atitude faz com que sejamos expostos recorrentemente a como somos capazes de realizar o que planejamos e atingir nossos objetivos maiores. 

Ao superarmos a procrastinação, estamos nos capacitando para agir com determinação e eficiência em direção aos nossos objetivos. Cultivar uma mentalidade proativa e disciplinada nos permite aproveitar ao máximo nosso potencial e construir uma vida significativa, livre das amarras da inércia e da indecisão.

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Abandonando padrões medianos – hora de erguer sua casa

3.1 Criando um fluxo de saúde e bem-estar

Em meio a um mundo hiperconectado, onde tempo e distância estão cada vez menores e tudo precisa ser entregue a uma velocidade cada vez mais impressionante, muitas vezes somos pressionados a viver em constante correria e estresse. Por isso, criar um fluxo de saúde e bem-estar torna-se essencial para alcançar uma vida plena e equilibrada. 

A busca por esse equilíbrio não se resume apenas à ausência de doenças físicas, mas também envolve o cuidado com a mente, as emoções e o espírito.

Para criar um fluxo de saúde e bem-estar duradouro, é fundamental adotar práticas saudáveis em todas as áreas da vida. Isso inclui alimentação balanceada – rica em todos os tipos de nutrientes que precisamos: carboidratos, proteínas, gorduras presentes em alimentos como castanhas e derivados do leite, vitaminas e minerais -, prática regular de exercícios físicos, sono adequado – com horários regulados -, cuidado com a saúde mental e gerenciamento do estresse, o qual pode ser extremamente perigoso por desencadear a liberação excessiva de cortisol e adrenalina no organismo, que pode apresentar uma série de efeitos negativos. 

Cortar gatilhos para o estresse em nossas vidas definitivamente não é uma tarefa fácil. E é aí que o autoconhecimento entra mais uma vez. Reconhecer suas próprias limitações também envolve identificar elementos no cotidiano que desencadeiam estresse em você, para que se torne mais fácil neutralizá-los ou lidar melhor com eles. Refletir constantemente acerca de suas relações e hábitos para encontrar o que mais contribui para intensificar essa condição em você mesmo também pode ser um bom começo para gerenciá-la. 

Ao integrar os hábitos saudáveis que mencionamos à rotina diária, é possível fortalecer o corpo e a mente, promovendo um estado geral de bem-estar.

Além disso, é importante cultivar relações interpessoais saudáveis e significativas. O apoio emocional verdadeiro e a consideração por seus objetivos vindos de amigos e familiares desempenham um papel crucial na promoção da saúde mental e no enfrentamento dos desafios do dia a dia. Investir tempo em conexões genuínas e positivas contribui para um ambiente emocionalmente seguro e estimulante.

Ainda, o autocuidado emocional – através do autoconhecimento e autocompaixão, que fazem com que passemos a olhar de modo mais gentil e compreensivo para nossas falhas – é crucial para fortalecer a autoestima, de maneira a reduzir a autocrítica excessiva e promover uma visão mais positiva sobre si mesmo. O resultado é um fluxo contínuo de saúde e bem-estar. 

Ao adotar essas práticas saudáveis, alcançamos o equilíbrio entre corpo, mente e espírito, o qual nos permite enfrentar os desafios cotidianos com mais resiliência, gratidão e serenidade. Assim, construímos não apenas uma vida sem limitações, mas também repleta de vitalidade, propósito e plenitude.

3.2 Alcançando riqueza e prosperidade

Em um mundo onde a busca por sucesso financeiro muitas vezes é vista como um objetivo fundamental, alcançar riqueza e prosperidade torna-se a prioridade na vida da maioria das pessoas atualmente. 

No entanto, muitos se esquecem de que o caminho para a verdadeira abundância vai além do simples acúmulo de bens materiais, envolvendo aspectos mais profundos de realização pessoal e equilíbrio emocional.

Para alcançar a verdadeira riqueza e prosperidade, é essencial cultivar uma mentalidade de abundância e gratidão. Apreciar as pequenas coisas da vida e reconhecer as bênçãos que já possuímos contribuem para a construção de um ambiente propício à prosperidade. Ao focar na positividade e no otimismo, abrimos espaço para novas oportunidades e crescimento em todas as áreas de nossa vida.

Além disso, investir em educação financeira e planejamento estratégico é fundamental para construir uma base sólida para a prosperidade futura. Entender como gerenciar nossas finanças de forma inteligente, investir com sabedoria e criar fontes de renda passivas são passos essenciais para garantir estabilidade financeira a longo prazo, além de demandarem bastante tempo e dedicação. O acesso a conhecimentos desse tipo está a cada dia mais facilitado, com a enorme quantidade de vídeos postados nas redes sociais, disponibilizados gratuitamente. 

Contudo, com esse grande contingente de informações, é preciso um cuidado extra: infelizmente, pode-se observar diversos criadores de conteúdo que utilizam sua influência com más intenções, que culminam para a disseminação, muitas vezes, de noções equivocadas, baseadas apenas em seus pontos de vista, além de fake news. Por isso, procure canais que contam com um selo de verificação para aprimorar seu discernimento financeiro. 

Outro aspecto crucial para alcançar riqueza genuína é o desenvolvimento pessoal contínuo. Investir em nosso crescimento pessoal, seja através do aprendizado constante, do desenvolvimento de habilidades ou da busca por novas experiências, nos capacita a expandir nossos horizontes e alcançar novos patamares de sucesso.

Ao integrar esses elementos – mentalidade positiva, educação financeira e desenvolvimento pessoal – em nossa jornada rumo à riqueza e prosperidade, criamos um alicerce sólido para uma vida plena e abundante. A verdadeira riqueza não se limita ao dinheiro no banco, mas sim à sensação de realização pessoal, felicidade genuína e contribuição significativa para o mundo ao nosso redor.

Quando falamos sobre o verdadeiro sucesso, algo muito importante a se discutir, ainda, é a diferença existente entre “ter” e “ser”. “Ter” muito e ser reconhecido é um objetivo natural: para que possamos alcançar nossas metas e sonhos, é necessária muita ambição (a qual é bem diferente de ganância). O autor, terapeuta e empresário Elton Euler, em alguns de seus muitos conteúdos sobre crescimento pessoal, destaca a denominada “escada da maturidade”, que representa a nossa jornada natural de amadurecimento e os diferentes tipos de metas de vida que apresentamos nesse processo. 

No primeiro degrau, buscamos o afeto de quem convivemos. Ou seja, buscamos criar relações e fortalecê-las. Porém, à medida que crescemos, passamos a valorizar recompensas pelos nossos esforços e atitudes, que evoluem para reconhecimento, o qual nada mais é do que o desejo de que os demais encontrem valor em nós mesmos. Em paralelo ao nosso raciocínio, temos que todos esses passos ainda representam o “ter” –  pois buscamos acumular bens, conquistas e relações -, enquanto os dois últimos degraus da escada, denominados “sentido” e “legado” se encontram na esfera do “ser”, já que se referem à procura pelo nosso verdadeiro propósito de vida e à preocupação com o que transmitiremos para as pessoas com as quais convivemos (e, em alguns casos, para as próximas gerações): que geralmente envolve o fornecimento da ajuda necessária para que os demais também possam alcançar os seus sonhos, a passagem de conhecimentos e inspirações, entre muitos outros. 

Logo, tudo aquilo que pertence à esfera do “ser” equivale aos elementos que, diferentemente de posses – embora sejam de extrema importância, são passageiras -, ficarão para sempre: é aí que está o verdadeiro sucesso. 

Mas calma, não estou dizendo para você não correr atrás do seu carro e casa dos sonhos. São metas incríveis e extremamente válidas. O que quero que você entenda, agora, é que os seus maiores desejos devem contribuir direta e verdadeiramente para a construção do seu “ser” e para a sua evolução na jornada da maturidade. Me refiro a metas que realmente te edifiquem como ser humano! 

Não foque apenas no que você pode conseguir, mas sim em como você poderá crescer e em como você poderá contribuir com o mundo a partir do seu sonho. Os ganhos materiais, serão, muitas vezes, reflexo da pessoa/profissional melhor que você se tornará. 

O progresso é a chave. Os resultados são apenas consequências inevitáveis de suas batalhas para se desenvolver. 

3.3 Cultivando bons relacionamentos

Para introduzir este capítulo, gostaria que você refletisse por um instante sobre os círculos sociais dos quais você participa. Pode ser o trabalho, universidade/escola, a instituição religiosa da qual participa, ou simplesmente os amigos com quem você sai de vez em quando. Sempre haverá aquela pessoa que, na maioria das situações que exigem a solução de um problema mais complexo, dirá: “posso conversar com um amigo meu que pode ajudar” ou “conheço alguém que poderá nos dar a solução”, não é mesmo? Se você não for essa pessoa, você provavelmente acabou de se lembrar de alguém assim. 

Pode até ser que aquele(a) de quem recordou não desfrute das condições de vida que deseja. Porém, certamente, algo que ele(a) possui em abundância são oportunidades. Ao expandir nossas parcerias, além de encontrar apoio para decisões e momentos delicados, abrimos diversas oportunidades para o crescimento. 

Quem nunca ouviu o ditado: “Me diga com quem andas e lhe direi quem és.”? Isso possui estreita relação com o que estamos discutindo. Escolher construir relações que realmente agreguem, que te auxiliem na sua jornada de desenvolvimento (ou seja, as chamadas “pessoas-atalho” que vimos nos capítulos anteriores) e que são favoráveis à sua evolução, em vez de buscar pessoas que só trazem fardos e preocupações, é fundamental! Vale reforçar que me refiro às pessoas com as quais você escolhe se relacionar ao longo de sua vida.

Muitas vezes, pessoas de nossa família se prostram como vítimas naturais. Ou seja, são frágeis e constantemente geram preocupações (que podem se manifestar nas recorrentes doenças dos seus pais, por exemplo) e necessitam de nosso apoio. Fornecer apoio, nessas circunstâncias, é natural (desde que não desencadeie uma dependência emocional). 

Portanto, os relacionamentos desempenham um papel fundamental em nossa jornada para sair da mediocridade e escassez. Cultivar bons relacionamentos não se limita apenas ao âmbito pessoal, mas também é essencial no contexto profissional. Ao investir tempo e energia em construir conexões significativas com outras pessoas, abrimos portas para novas oportunidades, aprendizados e crescimento.

Um dos aspectos-chave de cultivar bons relacionamentos é a comunicação eficaz. Saber ouvir atentamente, expressar-se de forma clara e empática e resolver conflitos de maneira construtiva – ou seja, de maneira pacífica e racional, que realmente priorize a compreensão mútua a permanecer em um ciclo de provocações – são habilidades essenciais para nutrir laços saudáveis com os outros. Além disso, demonstrar gratidão, apreciação e apoio mútuo fortalece os vínculos interpessoais e cria uma rede de suporte valiosa em momentos de desafio.

Outro ponto importante na construção de relacionamentos sólidos é a reciprocidade. Estar disposto a oferecer ajuda, compartilhar conhecimento e contribuir positivamente para o bem-estar dos outros cria um ambiente de confiança e colaboração mútua. Ao se envolver ativamente na vida das pessoas com as quais nos relacionamos, criamos conexões genuínas baseadas no respeito e na valorização das diferenças individuais.

Além disso, é crucial manter uma postura aberta e receptiva às diferentes perspectivas e experiências que os outros têm a oferecer. A diversidade enriquece nossas relações interpessoais, ampliando nossos horizontes e promovendo um ambiente inclusivo onde todos se sintam valorizados e respeitados por quem são.

Ao priorizar a construção de relacionamentos saudáveis, autênticos e significativos em todas as áreas de nossa vida, estamos fortalecendo não apenas nossa rede de apoio emocional, mas também criando oportunidades para crescermos juntos rumo à excelência e abundância em todas as esferas da nossa existência.

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Transformando sua vida para sempre – autocompaixão e mentalidade de sucesso

4.1 Como colocar a autocompaixão em prática efetivamente

Até aqui, você já entendeu que a autocompaixão consiste em enxergar as falhas que cometemos sem julgá-las e na capacidade de liberar o autoperdão, o qual faz com que possamos aprender mais facilmente com nossos erros. Vimos também que essa atitude pode ser a chave para destravar diversas limitações, além de ser algo essencial na caminhada daqueles que buscam crescimento, já que a autocompaixão nos protege de julgamentos e críticas destrutivas alheias, além de nos permitir ter plena consciência de quem realmente somos: indivíduos capazes de alcançar nossos objetivos. A partir do momento que consolidamos uma mentalidade blindada acerca de nossas conquistas e potencial, desenvolvemos a resiliência emocional (que consiste na capacidade de nos mantermos firmes perante desafios). 

Porém, de nada adianta ter todas essas ideias em mente e não as aplicar. Neste capítulo, veremos como, de fato, podemos fazer da autocompaixão algo presente e eficaz em nossas vidas e destravar todos os benefícios que ela tem a nos oferecer. 

Incluir a autocompaixão nas diversas situações do cotidiano pode ser um fator transformador para quem busca superar pensamentos limitantes e progredir. Para você, que já compreende a importância de tratar a si mesmo com gentileza e compreensão, o próximo passo é aplicar esses conceitos em momentos específicos do dia a dia, criando um hábito que torne cada vez mais rígida a blindagem de sua mente e cada vez mais bonita e imponente a sua casa do sucesso

Uma maneira prática de começar é através da auto-observação consciente. Durante o dia, reserve momentos para perceber seus pensamentos e emoções, especialmente em situações desafiadoras. Ao identificar sentimentos de frustração ou autocrítica, pare e respire profundamente. Pergunte-se como você reagiria se um amigo que admira lhe dissesse que possui os mesmos pensamentos que você enfrenta sobre si mesmo, e que também duvida das próprias capacidades. 

Mas qual a intenção desse exercício? Vamos voltar para a situação-exemplo que apresentei: caso aquele amigo que você tanto admira dissesse coisas terríveis sobre si, você provavelmente o motivaria o relembrando de todas as coisas incríveis que ele já fez e os motivos responsáveis pela sua admiração por ele. Sob essa ótica, eu te pergunto: por que você não seria capaz de fazer o mesmo com você? Consegue, agora, entender a importância dessa meditação? Esse exercício simples pode redirecionar sua resposta interna, trocando a autocrítica pela compreensão e apoio.

Além disso, a prática de declarações compassivas pode ser um poderoso aliado. Quando perceber que está se cobrando excessivamente ou sentindo-se desanimado, verbalize afirmações que reforcem seu valor e capacidade. Frases como “Estou fazendo o meu melhor neste momento.” ou “É natural cometer erros enquanto aprendo.” podem reconfigurar sua mentalidade, ajudando a substituir pensamentos limitantes por uma perspectiva mais construtiva.

Outro aspecto crucial é a inclusão da autocompaixão na definição e perseguição de metas. Ao planejar seus objetivos, considere não apenas o que deseja alcançar, mas também como pode apoiar-se ao longo do caminho. Estabeleça metas realistas e celebráveis, reconhecendo pequenos avanços como parte do processo. Permita a você mesmo flexibilidade para ajustar planos sem culpa, entendendo que o crescimento pessoal é um caminho não linear e cheio de desvios, atalhos e obstáculos. 

No âmbito das relações interpessoais, a autocompaixão pode ser aplicada ao reconhecer e respeitar suas próprias necessidades e limites. Ao sentir-se sobrecarregado por demandas externas, lembre-se de que cuidar de si mesmo é fundamental para poder cuidar dos outros. Praticar o “não” assertivo (sobre o qual discutimos bastante neste livro), quando necessário, é um ato de autocompaixão que protege seu bem-estar e energia emocional.

A autocompaixão também pode ser cultivada através das práticas de autocuidado mencionadas como partes do processo de criação de um fluxo de saúde e bem-estar. Envolver-se em atividades que promovam relaxamento e prazer, como meditação, leitura ou exercícios físicos, nutre seu estado emocional e físico, reforçando para a sua mente a sua capacidade de enfrentar desafios com uma mente clara e equilibrada.

Por fim, lembre-se de que a autocompaixão é uma jornada contínua. Cada dia oferece novas oportunidades para praticar a gentileza consigo mesmo. Encare cada erro ou obstáculo como uma chance de aprender e crescer, mantendo a autocompaixão como um guia constante. Dessa forma, você criará um alicerce sólido para alcançar seus maiores objetivos de vida com resiliência e confiança.

4.2 Desenvolvendo a autoestima

Em geral, de acordo com os dicionários, tem-se por autoestima: “Qualidade de quem se valoriza, está satisfeito com seu modo de ser, com sua forma de pensar ou com sua aparência física, expressando confiança em suas ações e opiniões”. A partir dessa definição, até pode parecer que a autoestima é algo tão simples quanto essas linhas descrevem, não é? 

Se você já chegou até aqui, deve ter compreendido que sua relação consigo mesmo interfere em absolutamente tudo em sua vida: nos seus relacionamentos interpessoais, sua saúde e bem-estar, na realização de tarefas e no cumprimento de metas em geral. 

Para se obter o sucesso, então, é preciso, primeiramente, que você seja o seu maior amigo e aliado – aquele que sempre está disposto a te erguer -, não um obstáculo, para que você possa cuidar do que envolve o outro. Reflita por um instante: como você poderá arrumar o mundo se a sua casa está uma bagunça, não é mesmo? 

Por isso, fortalecer a sua autoestima é fundamental. “Mas minha autoestima está boa, eu gosto de mim mesmo(a)”, você pode pensar nesse momento. Entretanto, essa “qualidade”, como menciona o dicionário, não se trata apenas disso. 

Para entender como tal característica é construída, o psicólogo italiano Walter Riso, no livro “Apaixone-se por si mesmo”, sintetiza a autoestima em quatro pilares: autoconceito, autoimagem, autoreforço e autoeficácia. Portanto, cuidar de cada alicerce é essencial, pois quando apenas um deles não se encontra em boas condições, o bem-estar consigo mesmo como um todo é afetado. 

Mas do que, exatamente, se trata cada um deles? O autoconceito consiste em como nos avaliamos, o que significamos para nós mesmos. Ou seja, o juízo que colocamos sobre nossas habilidades, falhas e virtudes. Logo, é uma ideia que se transforma com facilidade com o tempo e precisa uma forte interação com os demais pilares para ser desenvolvida. 

Enquanto a autoimagem está relacionada à percepção de nossa aparência física e apresentação – a satisfação com o nosso corpo em si -, o autoreforço diz respeito ao que fazemos, já que pode ser resumido na capacidade que temos de recompensar a nós mesmos, reconhecer e celebrar nossas conquistas. 

Por fim, a autoeficácia se trata do quanto nos vemos como capazes de realizar o que nos propomos, ou seja, cumprir o que prometemos e planejamos. Uau, que profundo! 

Agora, você deve estar se perguntando por que estou te apresentando esses “nomes técnicos”. É simples: ao entender do que a nossa autoestima é feita, fica mais fácil entender o que falta para que ela deixe de ser um problema em sua vida. 

Por exemplo: uma pessoa, após refletir sobre a imagem que possui de si, pode até chegar à conclusão de que está satisfeita com o seu corpo, porém se sente constantemente desmotivada, logo, incapaz de pôr em prática o que planeja. Portanto, sua autoimagem está razoável, mas a autoeficácia, em péssimo estado. Dessa forma, ao identificar a causa da baixa autoestima, torna-se muito mais fácil reparar os danos que esse problema traz. 

Por isso, independentemente de como você considera que está a sua autoestima, te convido agora a pausar sua leitura por um momento e a refletir sobre como está a sua percepção acerca de cada um dos quatro pontos que apresentei, para que tente identificar qual deles mais te afeta. Se preciso, anote suas percepções em um papel, para que seus pensamentos fiquem organizados. 

Caso não tenha conseguido agora, tudo bem, tenha autocompaixão. Propus a você esse experimento para que encontre queixas sólidas sobre si mesmo e que desse o primeiro passo na sua jornada de melhora de autoestima, de maneira a entender quais das dicas que darei a seguir sobre o assunto mais se enquadram à sua realidade. 

Mesmo que ainda não consiga compreender plenamente o que te falta para alcançar uma boa autoestima, reflita sobre os seguintes conselhos, que visam aprimorar sua relação consigo mesmo, ou seja, amenizar seus conflitos internos e alavancar sua autoestima. 

Em primeiro lugar, busque se conhecer. Na maioria dos casos, desenvolver a habilidade de olhar para si e identificar o que não está certo leva tempo, além de demandar ajuda de alguém capacitado. Mesmo que o caminho exija a abertura de diversas feridas, lembre-se do que te move: os seus objetivos. Todas as dificuldades do caminho servirão para que você construa uma versão de si mesmo que está disposta a te ajudar, não a te sabotar. 

Pratique também a gratidão. Reservar alguns minutos por dia para listar coisas pelas quais você é grato ajuda a focar no positivo e valorizar suas conquistas e qualidades. Essa prática simples pode te ajudar muito a promover uma visão mais otimista e apreciativa da vida. Aliado a isso, temos o exercício do autoelogio: reservar momentos para reconhecer seus esforços contribui para a construção de uma imagem positiva de si, além de combater a autocrítica excessiva. 

Se lembre, também, de cuidar de sua saúde física, mental e espiritual: tenha uma alimentação regrada, pratique atividades físicas regularmente e durma a quantidade de tempo indicado para a sua faixa etária. Ao zelar pelo seu equilíbrio corporal, você regula, dentre outras diversas substâncias, as endorfinas, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar geral e felicidade. Ainda, reservar tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, como hobbies, leitura, meditação ou passeios na natureza, nutre sua saúde emocional e física. Retorne à nossa seção sobre como criar um fluxo de saúde e bem-estar sempre que necessário! 

Ainda se lembra do que conversamos sobre estratégias para evitar a procrastinação? Pois bem, definir metas alcançáveis e celebrar cada conquista, por menor que seja, cria um senso de realização e progresso, além de ajudar demais a melhorar a autoestima – em especial para aqueles que identificaram maiores problemas com a autoeficácia. O reconhecimento de pequenas vitórias ajuda a construir confiança e motivação para avançar e nunca se desviar dos objetivos. Isso pode ser feito, por exemplo, através de um “diário do sucesso”, no qual todas as suas conquistas do dia são registradas. Revisitar esse diário recorrentemente também faz com que o autoreforço seja alavancado. Fique esperto! 

Um obstáculo muito comum presente na vida de muitos é a comparação excessiva com os outros. Por mais que pareça apenas mais um clichê, lembrar se que cada pessoa tem o seu próprio caminho e ritmo de crescimento é essencial. Confie: é mais produtivo e benéfico focar em seu próprio progresso. Cuide da sua vida! 

Imagine que você quer ganhar massa muscular e começou a frequentar a academia. Ao entrar nesse novo ambiente, perceberá que existem pessoas com músculos muito mais definidos que os seus e que aguentam cargas bem mais pesadas que as suas. A resposta para essa diferença de desempenho é simples: elas frequentam a academia há muito mais tempo que você. Um dia, essas pessoas também já foram iniciantes, portanto, se comparar a elas é um erro! Leve esse exemplo em seu coração quando, em qualquer circunstância, seu rendimento for “inferior” ao dos outros: cada um possui seus atalhos e obstáculos na vida e cada um tem um tempo de jornada. Não se compare aos demais. 

Também é possível melhorar a autoestima através do desenvolvimento de novas habilidades. Investir tempo em aprender algo novo ou aperfeiçoar uma habilidade existente aumenta a confiança e proporciona um senso de competência. O aprendizado contínuo estimula a mente e fortalece as visões positivas acerca de si. 

Como última dica, coloque em prática tudo que aprendeu sobre cultivar relacionamentos saudáveis e as táticas para identificar e se livrar de padrões controladores e dependências emocionais. Cerque-se de pessoas que o apoiem e valorizem. Relacionamentos saudáveis e encorajadores são essenciais para manter uma autoestima positiva. Evitar relacionamentos tóxicos que minam sua confiança é crucial – nunca se esqueça de estabelecer limites! 

Para fechar o capítulo, gostaria de deixar o lembrete de que, ao investir na construção da autoconfiança e da autoestima, estamos pavimentando o caminho para uma vida mais plena e satisfatória. Acreditar em nós mesmos, valorizar nossas qualidades únicas e praticar o autocuidado são passos fundamentais na jornada rumo à transformação pessoal duradoura.

4.3 Criando uma mentalidade de sucesso

Desenvolver uma mentalidade de sucesso é essencial para quem deseja alcançar grandes objetivos. Porém, esse processo vai muito além do pensamento positivo: trata-se de criar uma mentalidade forte que permita enfrentar desafios com resiliência e estratégia. Fique tranquilo(a). Mostrarei a seguir quais são os principais pontos necessários para que você possa aderir a esse modo de pensar que te leva aos bons resultados que tanto deseja. 

Começo com uma boa notícia! Seu cérebro possui uma característica chamada neuroplasticidade, que consiste na capacidade desse órgão de se reorganizar e formar novas conexões conforme as mudanças que ocorrem no ambiente em que você está inserido. Então, é possível utilizar essa qualidade a seu favor através de práticas como meditação, visualização e afirmações positivas, que podem alterar seus padrões de pensamento, de maneira a reconfigurar seu cérebro para resolver problemas e alcançar metas. 

Mas como, exatamente, fazer isso? Dedique alguns minutos por dia para visualizar seus objetivos com detalhes vívidos. Imagine-se atingindo suas metas e vivenciando o sucesso. Se necessário, monte o seu “quadro dos sonhos”, um esquema visível de tudo que você busca alcançar. Coloque uma foto sua, perto da casa na qual sonha em morar, do carro em que sonha em ter, das pessoas das quais deseja se aproximar… romantize mesmo os seus objetivos! Tudo isso ajuda a criar um “mapa” mental, que guiará as suas ações, de modo que elas serão executadas naturalmente de acordo com as suas ambições. 

Algo que também é fundamental no desenvolvimento de uma mentalidade de sucesso é o “mindset” de crescimento, que consiste em aderir à crença de que habilidades e inteligência podem ser desenvolvidas com esforço e dedicação. Para que esse pensamento seja presente em sua vida, comece a ver os desafios como oportunidades de aprendizado e crescimento, afinal, fazem parte de qualquer jornada de sucesso. 

Avalie regularmente seu progresso e ajuste suas estratégias conforme necessário. Isso mantém seu foco e motivação, ajudando você a superar obstáculos. Ainda, faz parte dessa crença a visão de adaptabilidade, na qual a mudança deve ser enxergada como uma constante que existe para que você cresça, ou seja, algo natural e que, junto a decisões e planos assertivos, pode ser extremamente benéfico. Lembre-se: ser flexível é uma virtude extremamente importante e a cada dia mais valorizada, principalmente no mercado de trabalho!

Somado às atitudes que mencionamos, ter um propósito claro e uma visão definida é fundamental para sustentar uma mentalidade de sucesso. Seu propósito dá sentido às suas ações diárias, pois responde a questões como “De que maneira você quer contribuir com o mundo?” ou “O que te motiva a levantar todos os dias?”. Já sua visão nada mais é que o seu objetivo de longo prazo. 

Caso você ainda não tenha um propósito definido, existem várias formas diferentes de encontrá-lo. Há pessoas que descobrem seu significado de vida por meio da fé, já que possuem como missão difundir os princípios de amor, acolhimento e sabedoria que ela pode trazer ao mundo. Outras, na missão de promover ética e justiça, ou até mesmo, para deixar um legado para próximas gerações. O importante é encontrar algo que se conecte com o que acredita e te motive a seguir.  

Para começar, crie uma declaração de missão pessoal que alinhe seus valores, paixões e metas. No que você acredita? O que mais gosta de fazer, ou sabe fazer de melhor? Como você acredita que seus dons e aptidões podem transformar a sociedade em que vive? Qual problema mais te deixa aflito(a), perante o mundo no qual estamos inseridos, e te instiga a resolvê-lo? Quais valores com os quais você se identifica precisam ser difundidos em maior escala – como honestidade ou altruísmo, por exemplo?

Todos esses questionamentos podem te ajudar a definir de maneira clara o seu propósito. Aqui vai um exemplo de como isso pode ser aplicado: “meu propósito é, através de meus talentos e habilidades que desenvolvi ao longo da vida, cuidar do bem-estar físico e emocional do próximo, e cumprir a missão que minha fé propõe”. O que quero que entenda é que seu propósito serve como um guia, que deve ser revisado regularmente, mantendo você engajado e resiliente, mesmo em tempos difíceis. 

Uma mentalidade de sucesso também pode ser cultivada a partir de relatos e incentivos de outras pessoas, já que o sucesso em si raramente é alcançado sozinho. Construa uma rede de apoio com mentores, colegas e amigos que possam fornecer insights valiosos, apoio emocional e encorajamento. Participe de grupos de mastermind ou comunidades onde você pode compartilhar experiências e aprender com outros. Isso acelera seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Por fim, a autodisciplina é fundamental para a construção de um pensamento produtivo e de sucesso. Aplique tudo que você já aprendeu sobre estabelecer e manter hábitos diários que promovam a eficiência. Defina metas claras, priorize tarefas importantes e evite procrastinação. Utilize ferramentas de gerenciamento de tempo, como a técnica Pomodoro, para aumentar sua produtividade.

Caso não conheça a técnica Pomodoro, extremamente eficaz em sua função, vou apresentá-la. Ao iniciar uma tarefa, coloque um temporizador de 25 minutos, e foque na sua execução até ouvir a notificação do cronômetro. Esse foi o seu primeiro Pomodoro: anote o horário em que ele foi concluído e faça uma pausa de 5 minutos. Depois, volte ao trabalho e faça mais 3 Pomodoros, para, então, realizar uma pausa maior, de 15 a 30 minutos. Após isso, retorne ao primeiro passo, e o ciclo desse método de gerenciamento de tempo se encerra. 

Ao adotarmos uma mentalidade de sucesso, estamos deixando a casa onde conquistas extraordinárias moram quase pronta e abrimos espaço para transformações profundas em todas as áreas da nossa vida.

Coloque seus aprendizados em prática

Para fechar esse material, gostaria de passar a você uma última mensagem: aplique tudo que você aprendeu. Quero, com todo o meu coração, que realize os seus grandes sonhos, porém, para isso, é preciso seguir cada um dos passos que foram apresentados aqui, e isso não vai ser uma tarefa nada fácil. As pessoas ao seu redor vão te julgar, vão criticar essa sua nova fase, e, ainda, dizer que preferiam o antigo você, e tudo bem, é natural! Toda mudança maior exige comprometimento, e, todo compromisso demanda renúncias. Ao longo do caminho, você terá que abandonar muitas coisas, e não se esqueça de que isso faz parte da jornada. 

A partir do momento que entender que evoluiu (leia esse ebook quantas vezes forem necessárias para isso), cultive na sua mente a ideia de que você precisa andar com pessoas que estejam na mesma vibração que você: não faz sentido correr com aqueles que querem apenas caminhar. 

Infelizmente, este livro não vai solucionar todos os seus problemas. Porém, certamente, te ofereceu pelo menos um insight valioso do que mudar na sua vida para alcançar o que mais deseja. Cada conselho dado aqui não se trata de uma regra, mas sim de um direcionamento. Reflita cuidadosamente sobre eles, e se dedique a você mesmo, corra atrás. Lembre-se: você é o único representante do seu sonho que existe no mundo. Não desista no primeiro grande erro, não desperdice oportunidades simplesmente por medo, e encare cada desafio como uma oportunidade de crescer. 



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